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Mostrando postagens de outubro, 2023

Fertilização in vitro sem injeções?

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QUEM SE BENEFICIA? Pacientes com baixa reserva ovariana, que não  respondem adequadamente à estimulação ovariana,  tem como uma alternativa a utilização do ciclo natural, para inseminação intrauterina ou fertilização in vitro,  Antes da existência da estimulação ovariana (decênio de setenta), essa era a única possibilidade, pois ainda não havia medicação para estimular os ovários.  Pacientes nos quais o único caminho para gravidez é a fertilização in vitro , mas que têm problemas relacionados à coagulação do sangue, também encontram alternativa nesse tipo de ciclo. COMO É FEITO O procedimento, embora comporte variações, consiste em monitorizar o crescimento dos folículos ovarianos do próprio ciclo menstrual da paciente, por meio de ultrassom, sem utilização de medicamentos . Quando o diâmetro médio do folículo atingir entre 16 e 17 mm, é feita uma única aplicação de hCG,  que completa a maturação do óvulo e torna previsível a ovulação. Na fertilização in vitro , cerca de 35 horas

Repouso após transferir embriões?

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Quanto tempo devo repousar após transferir os embriões? Será que  o repouso, após a transferência, aumenta a chance de gravidez?  Acreditava-se, senso comum, que o corpo deitado, e com  atividade mínima,  preveniria o risco da expulsão do embrião após a transferência, aumentando a taxa de gravidez.  Porém, com o passar do tempo, o que se verificou foi outra coisa: 1997,  Universidade de Nápoles (Itália):  foram comparadas as taxas de gravidez de casais que repousaram 20 minutos após a transferência com outros que tiveram 24 horas de repouso. As taxas de gravidez, de abortamentos e de multiparidade foram iguais nos dois grupos. 2007,  Universidade da Califórnia (Estados Unidos): as taxas de gravidez de casais que tiveram 30 minutos de repouso após a transferência de embriões e de casais sem repouso nenhum foram as mesmas. 2013 , Instituto Valenciano  (Espanha): foram comparadas  pacientes que tiveram transferência de embriões sem repouso e com repouso de 10 minutos. Curiosamente,

Fertilização in vitro antecipa a menopausa?

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  Conforme o tempo passa, o número de óvulos diminui, de alguns milhões ao nascer para alguns milhares próximo à menopausa.  Os óvulos que restam nos ovários formam a reserva ovariana , que diminui com a idade.  Durante a fertilização in vitro , os ovários são estimulados com hormônios, com o objetivo de fazer com que  se desenvolvam vários folículos . Será que esse crescimento, não fisiológico, determina uma perda maior de folículos e uma antecipação da menopausa? As evidências apontam que não . No inicio do ciclo menstrual , alguns folículos dos ovários começam a crescer, por influência do hormônio folículo estimulante (FSH).  Com o crescimento dos folículos, o consumo de FSH vai aumentando até que não seja suficiente para todos. A partir daí, alguns dos folículos começam a “morrer” (o que se chama atresia folicular ).E geral, a partir do sétimo dia do ciclo menstrual, apenas um consegue crescer nesse ambiente pobre de hormônios, que é o folículo que vai ovular (chamado folículo dom

Mas......qual é a minha chance?

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  "MAQUIANDO" OS DADOS Conforme já é conhecido, a fertilização in vitro, não traz garantia de gravidez para o casal. A chance de gravidez com esse procedimento, de um modo geral, varia de 30 a 60 % por transferência de embrião . Isto quer dizer que, de cada cem pacientes que recebem embriões, entre trinta e sessenta terão gravidez. Existe ainda uma outra maneira de calcular a taxa de gravidez na fertilização in vitro , que é a taxa de gravidez por casal. Assim, suponhamos que, em cem casais, noventa atinjam a gravidez. A taxa de sucesso será de 90%, mais alta.  Nessa segunda forma de cálculo, a quantidade de transferências de embrião que o casal fez até engravidar não interfere na taxa de gravidez .  Se um casal teve oito transferências até engravidar e outro teve apenas duas , a taxa de gravidez por transferência será de 2/10 (2 gravidezes em 10 transferências) = 20% . Mas  a taxa de gravidez por casal será 100% (duas gravidezes em dois casais).  Trata-se de um expedi

Gravidez natural: 15 a 20%

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A probabilidade de gravidez natural , num único ciclo menstrual, é de 15 a 20%. Portanto, mesmo em casais com fertilidade comprovada,  a maior chance, em um único ciclo menstrual, é a de não engravidar.  Parte dessa “ineficiência” pode ser atribuída às alterações que podem ocorrer no ciclo menstrual. Um oócito (óvulo), depois de desenvolvimento e maturação adequados dentro do folículo ovariano, vai ser exposto à captura pela tuba (trompa), após a ruptura do folículo (ovulação). Mesmo que haja fertilidade comprovada, em um ou outro ciclo menstrual, pode ocorrer que: 1.. o folículo não tenha óvulo, ou que o óvulo não seja adequado à fertilização ;  2.. as tubas não capturem o óvulo. Se houve ovulação e o óvulo foi capturado pela tuba, então ele será transportado por ela , em direção ao útero. Havendo relação sexual nesse período , os espermatozoides depositados na vagina devem penetrar na endocérvice uterina , atravessando o chamado muco cervical , uma secreção semelhante a “c

E surgiu a pílula!

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                                               O sonho começou a se tornar realidade no decênio de 1950, iniciado pelos esforços da enfermeira Margareth Sanger, ativista de primeira hora da defesa dos direitos da mulher, à qual se atribuem três casamentos e inúmeros amantes. Sanger se uniu a Catharine McCormick , herdeira de fortuna e também ativista, que se dispôs a financiar as pesquisas para descoberta da pílula anticoncepcional.   Os financiados foram Gregory Pincus (biólogo), John Rock (médico) e  o esquecido Min-Chueh Chang (biólogo), cujo trabalho, além da descoberta da pílula, se estendeu à  fertilização in vitro em animais (já em 1959).  Os pesquisadores se basearam em descobertas de laboratórios alemães, que, em 1938, sintetizaram estrógeno natural e depois o etinilestradiol (similar oral do hormônio feminino estradiol e utilizado até hoje em algumas pílulas anticoncepcionais) e a ethisterona (similar da progesterona). Em 1957, após o consumo estimado de 2 milhõ

Movimento feminista: um dedinho de história

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  “ As mulheres devem passar grande parte da vida em casa, cuidando dos filhos e cozinhando. Não podem andar desacompanhadas, devem estudar apenas o necessário, e não trabalhar se forem casadas. Coisas como carreira, dinheiro e poder são atribuições exclusivas do homem.” Longe de significar um dogma de alguma seita radical, essa era a condição da mulher na sociedade europeia do início do século XIX.  Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial e com a convocação de todos os homens sadios para o front , mulheres foram “obrigadas” a cuidar das cidades, exercendo trabalhos antes delegados apenas aos homens Este processo se acentuou mais ainda durante a segunda guerra , com a mulher ocupando inclusive posições nos transportes públicos, nas fábricas de munições e também nos exércitos. Finda a guerra, os homens voltaram para ocupar os cargos que exerciam, e uma parte da mão de obra feminina foi desprezada. Aquelas que continuaram trabalhando, tinham salários menores que os dos homens. Ora,

Estresse, ansiedade ........e a fertilidade?

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Ter filhos é uma das principais metas da maioria dos casais. Para esses casais, ter um filho é símbolo de um grande amor e êxtase da vida a dois, com a consequente formação de sua família. Infelizmente, nem sempre isso é facilmente alcançado e, em razão disso, muitos problemas aparecem. É possível que a não concepção de um filho cause um enorme sofrimento para muitos casais, o que é bastante compreensível. Além disso, há a ansiedade e o estresse, que podem gerar alguma dificuldade para realizar esse desejo. Estou me referindo à infertilidade psicológica! Você já ouviu falar? Vamos definir, antes de tudo, o que é infertilidade . Isso passa a ser considerado quando, sem haver métodos contraceptivos e mantendo relações sexuais frequentes, o casal não realiza o desejo de ter filho num período de um ano . Sabia que de 15 a 20% dos casais com queixa de infertilidade não tem causa esclarecida? É a infertilidade sem causa aparente (ISCA). É em casais como esses (dentre outros), que os a