Fertilização in vitro antecipa a menopausa?

 

Conforme o tempo passa, o número de óvulos diminui, de alguns milhões ao nascer para alguns milhares próximo à menopausa. Os óvulos que restam nos ovários formam a reserva ovariana, que diminui com a idade. 

Durante a fertilização in vitro, os ovários são estimulados com hormônios, com o objetivo de fazer com que  se desenvolvam vários folículos. Será que esse crescimento, não fisiológico, determina uma perda maior de folículos e uma antecipação da menopausa?

As evidências apontam que não. No inicio do ciclo menstrual, alguns folículos dos ovários começam a crescer, por influência do hormônio folículo estimulante (FSH). 

Com o crescimento dos folículos, o consumo de FSH vai aumentando até que não seja suficiente para todos. A partir daí, alguns dos folículos começam a “morrer” (o que se chama atresia folicular).E geral, a partir do sétimo dia do ciclo menstrual, apenas um consegue crescer nesse ambiente pobre de hormônios, que é o folículo que vai ovular (chamado folículo dominante).

Quando ocorre a estimulação ovariana, o que estamos fazendo é a administração de FSH, o que aumenta sua concentração no sangue. Assim, a falta relativa de FSH é compensada e, alguns folículos, que iriam “morrer”, conseguem prosseguir o crescimento. 


Dessa forma, a estimulação é mais um resgate dos folículos que iriam desaparecer, em vez de ser uma técnica que obriga os ovários a “gastarem” mais folículos. Esse mecanismo mostra que a estimulação ovariana, salvo novas descobertas que venham em contrário, não tem potencial para antecipar a menopausa.



















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