Estimulação ovariana produz câncer?
A estimulação ovariana é etapa inicial dos procedimentos de reprodução assistida. Esse processo favorece o crescimento de um número maior de folículos ovarianos e o desenvolvimento de mais de um óvulo, com o que a taxa de gravidez aumenta.
Os folículos fabricam o hormônio feminino estradiol e, como consequência da estimulação ovariana, a quantidade de estradiol no sangue da mulher também aumenta, e é sabido que altas concentrações de estradiol estão associadas ao câncer de genitais femininos.
O QUE A PESQUISA MOSTRA
Os resultados das pesquisas tem sido conflitantes, a maioria deles apontando para a ausência de correlação entre a estimulação ovariana e câncer ginecológico.
De fato, e de um modo geral, os resultados mostram que o maior fator de risco associado ao desenvolvimento do câncer é a infertilidade em si e suas causas. A falta de ovulação, e a endometriose, por exemplo, parecem ser elementos associados tanto à infertilidade quanto ao câncer ginecológico.Outros elementos associados à infertilidade também aumentam o risco: idade da paciente, índice de massa corpórea, fatores hereditários, etc.
O QUE FAZER?
Embora não haja demonstração clara de que a estimulação ovariana provoque câncer, o aumento da quantidade de estradiol pode promover crescimento de algum câncer que já exista. Daí a necessidade de, ao além de considerar as particularidades de cada casal, tomar medidas preventivas, antes da estimulação, como a mamografia (ou ultrassom de mamas) e pesquisa de células malignas na vagina e colo do útero (Papanicolaou).
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