Separando prazer de procriação - I (primeiras tentativas)

O ENVOLTÓRIO SOCIAL DA ÉPOCA 

Em outros tempos, era natural para a mulher experimentar diversas gravidezes, posto que não existia nenhum procedimento que pudesse evitá-las. Assim, formavam-se famílias com vários filhos, muitos dos quais morriam ao nascer. Os costumes eram estes: as experiências sexuais da mulher eram apenas com o marido, e isso estava ligado à proliferação da família por meio de filhos.

No entanto, por vários motivos e em várias épocas, foram feitas tentativas de separar a relação sexual da reprodução (o prazer da perpetuação da espécie), por meio de procedimentos algumas vezes tóxicos para os pacientes.


FOI ASSIM


Egito Antigo:
colocação de goma arábica ou uma mistura de mel com estrume de crocodilo, dentro da vagina;

Grécia:  para as mulheres, prevenção da gravidez com sementes de cenoura selvagem (Hipócrates), poejo (Aristóteles). para os homens, extrato de madressivla (Dioscórides). 


China
: o mercúrio (veneno poderoso) era utilizado como bebida quente para que a mulher não engravidasse ou abortasse. Em nosso século (1970), foi feita pesquisa com óleo de algodão administrado em homens, com sucesso absoluto em termos de esterilização, tanto que alguns deles jamais voltaram a ser férteis. Isso se deve a um composto presente no óleo, o gossipol.

Ocidente: no século XVII, foi “inventado” o coito interrompido, após a descoberta de que o sêmen teria algum papel na gravidez. O espermatozóide foi observado pela primeira vez em 1677, pelo inventor do microscópio, o holandez Anton von Leeuenhoek.

E o que deu certo, afinal?


Museum of Contraception and Abortion - mvs.org.br
https://wellcomecollection.org/articles/W88vXBIAAOEyzwO_
GIFFIN, K., and COSTA, SH., orgs. Questões da saúde reprodutiva [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1999. 468 p. ISBN 85-85676-61-2.
Arq CIenc Saude UNIPAR; 2(1): (jan-abril)1998

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