Até quando meus ovários vão funcionar?

Há uma redução do número de óvulos (oócitos) na mulher, conforme o tempo passa. De fato, no embrião feminino de 20 semanas, existem cerca de seis a sete milhões de óvulo; ao nascer, restam um a dois milhões de óvulos. Na puberdade, são trezentos a quinhentos mil e, ao redor dos 37 anos, cerca de 25000 apenas. 

A redução da quantidade de óvulos se acentua a partir dos 35-37 anos e, por isso, a taxa de gravidez da mulher também declina mais rapidamente a partir dessa idade. A quantidade de óvulos que existe no ovário, numa certa idade, é denominada de reserva ovariana, e seu conhecimento é muito importante para a realização de procedimentos assistidos (inseminação intrauterina ou fertilização in vitro), porque parte do sucesso do procedimento está ligado à reserva ovariana da mulher.

As formas de se avaliar a reserva ovariana são:

1 – dosagem de hormônio antimülleriano no sangue: esse hormônio é fabricado pelos folículos. Assim, quanto menor o número de folículos, menor o valor desse hormônio;

2 – os óvulos são indetectáveis ao ultrassom. No entanto, se desenvolvem dentro de bolsas líquidas, os folículos, estes visíveis (F, na figura). A contagem de folículos ovarianos, feita pela ultrassonografia, permite uma avaliação da reserva ovariana.

Quando o paciente pergunta “até quando meu ovário vai funcionar?” significa “até que idade posso engravidar com os meus óvulos?”. No momento, uma resposta direta e geral não é possível. Mas a pesquisa judiciosa de cada casal, a verificação o mais precisa possível das condições ovarianas permitirá ao médico guiar o casal para o caminho mais seguro e efetivo, que resulte em gravidez. Lembremos que um único óvulo de qualidade, capaz de gerar um bom embrião, pode trazer a alegria da gravidez ao casal.

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