Reversão de laqueadura ? Ou FIV?

 

Nesses casos, a mulher tem fertilidade comprovada, já que fez laqueadura.  Por isso, o prognóstico é, a princípio, muito favorável, tanto para reversão quanto para FIV. 

Quando o tratamento escolhido for a reversão da laqueadura, estamos pensando em gravidez natural e, portanto, deve haver condições para isso, como quantidade e qualidade adequadas do sêmen, possibilidade de ovulação da mulher, (que depende da idade e da reserva ovariana), dentre outras.

A probabilidade de gravidez, na reversão da laqueadura, chega a até 80% na mulher até 30 anos, e é próxima da metade em pacientes com 40 anos e mais. 

Ainda a idade: para as pacientes com menos de 37 anos, a taxa de gravidez da reversão tubária é maior na reversão do que na FIV. Para pacientes com mais de 37 anos, não  existe praticamente diferença de taxa de gravidez entre os dois processos.

A técnica pela qual foi feita a laqueadura influi no sucesso do  procedimento.  Já as diferentes técnicas de recanalização (laparoscopia, microcirurgia e cirurgia robótica) parecem oferecer o mesmo resultado em termos de gravidez.

Um efeito colateral temível da recanalização é a gravidez na tuba, quando o embrião se liga na região em que ocorreu a sutura. Isto ocorre de 4 a 8% das pacientes (contra 1,4% na FIV): assim, havendo exame positivo de gravidez, após a reversão, a monitorização deve ser mais precoce e cuidadosa.

Ao lado dos elementos técnicos, é preciso também vai levar em conta os aspectos ligados à singularidade do casal. Por exemplo, se o  objetivo é um único filho, e o casal não deseja utilizar contracepção, então é preferível a FIV.

 

Fertil Steril 155(4), 2021;1143 (The Pratice Committee of the ASRM)
Hum Rep 31(5);2016:1120
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