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Mostrando postagens de agosto, 2023

Fertilização in vitro: a gravidez nos EUA em 2020

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  As clínicas de reprodução nos Estados Unidos enviam os dados dos seus ciclos de FIV para um órgão coordenador ( Centers for Disease Control and Prevention, Assisted Reproductive Technology Data ) que, a cada ano, oferece um relatório geral mostrando alguns aspectos dos procedimentos realizados. O relatório de 20 2 0 contou com dados mais completos de 4 49 clínicas americanas. Foram realizados 326.471 ciclos , dos quais 24.120 deles ( 7% aproximadamente ) para preservação da fertilidade ( criopreservação para uso futuro). Foram obtidas 91.453 gravidezes ( 30% por ciclo iniciado ) , das quais 75.023 chegaram a termo . (cerca de 18% das gravidezes, 16.360 , se perdem ). A tabela abaixo, resumo de alguns dados gerais das 449 clinicas, permite ainda outras observações: Idade (anos) <35 35-37 38-40 >40 Ciclos sem óvulo obtido 5% 7,2%

...e quando "todos os exames" estão normais...?

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  Quando "todos os exames estão normais", e tudo o que é pertinente à elucidação diagnóstica foi solicitado e realizado, sem que haja esclarecimento da causa para a infertilidade do casal, então estamos na fronteira do conhecimento da Reprodução Humana.  É o que se chama infertilidade sem causa aparente (ou, abreviadamente, ISCA ): o conhecimento técnico aplicável ao casal atingiu seu limite . A partir desse ponto, as alternativas diagnósticas pertencem apenas à esfera experimental, não devendo, por isso, ser aplicadas de modo geral.  É nessa ocasião que muitos casais, levados por fragilidade e desesperaça, tornam-se vítimas fáceis de “terapias” não reconhecidas cientificamente , que nada resolvem. É comum que o casal, nessa situação, procure “orientação” em fóruns da internet e no "Dr. Google”, alem de estar mais sensível a opiniões de amigos com problemas parecidos.  É, também, o momento em que o casal pede que se realizem “ todos os exames possíveis ”, na esperança

Quanto tempo mais eu tenho?

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  A postergação da gravidez atinge direta e negativamente o potencial reprodutivo da mulher. O gráfico mostra que a taxa de gravidez diminui com a idade, havendo um decréscimo entre 35 e 37 anos, acentuado após essa idade. Com a passagem do tempo, o número, e também a qualidade dos óvulos sofrem decréscimo. ( reserva ovariana ) . Há exames que podem avaliar esses fatores: dosagem de hormônio anti mülleriano e ultrassom transvagina l para contagem de folículos. No entanto, os resultados oferecidos por estes exames não são suficientes para predizer, com exatidão, o tempo durante o qual os ovários seriam “saudáveis” para a reprodução. UMA SOLUÇÃO A criopreservação (congelamento) , realizada quando ainda a paciente tem boa reserva ovariana, permite pelo menos duas soluções: 1...por meio da fertilização in vitro , é possível a formação de embriões de boa qualidade, que podem ser criopreservados . Quando o casal desejar, os embriões serão descongelados e introduzidos no útero da mul

Até quando meus ovários vão funcionar?

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Há uma redução do número de óvulos (oócitos) na mulher, conforme o tempo passa. De fato, no embrião feminino de 20 semanas, existem cerca de seis a sete milhões de óvulo; ao nascer, restam um a dois milhões de óvulos. Na puberdade, são trezentos a quinhentos mil e, ao redor dos 37 anos, cerca de 25000 apenas.  A redução da quantidade de óvulos se acentua a partir dos 35-37 anos e, por isso, a taxa de gravidez da mulher também declina mais rapidamente a partir dessa idade. A quantidade de óvulos que existe no ovário, numa certa idade, é denominada de reserva ovariana , e seu conhecimento é muito importante para a realização de procedimentos assistidos ( inseminação intrauterina ou fertilização in vitro ), porque parte do sucesso do procedimento está ligado à reserva ovariana da mulher. As formas de se avaliar a reserva ovariana são: 1 – dosagem de hormônio antimülleriano no sangue: esse hormônio é fabricado pelos folículos. Assim, quanto menor o número de folículos, menor o val