Reprodução assistida: o preparo psicológico

Os problemas de fertilidade são causados ​​por uma combinação de muitos fatores, incluindo os psicológicos e emocionais. Mente e o corpo são interativos: períodos prolongados de emoções negativas, como ansiedade ou depressão, alteram o equilíbrio natural do corpo; o estresse excessivo pode levar à alterações e até à supressão do ciclo menstrual.

Casais submetidos à reprodução assistida, enfrentam uma jornada emocionalmente tensa e psicologicamente instável, já que os procedimentos são demorados, intensos e exigentes. Além das questões financeiras, os pacientes “entregam o emocional” ao processo, associando a felicidade a um resultado bem-sucedido.

Passar por um ciclo par reprodução assistida afeta física, emocional e psicologicamente o casal, cujo impacto é ampliado se houver um insucesso do tratamento.

Com efeito, o viver da infertilidade aumenta a pressão sobre todas as áreas da saúde e do bem-estar. Os casais podem experimentar uma sensação reduzida de bem-estar mental, emocional e físico, tornando-se frustradas, irritadas, ciumentas, culpadas, desesperadas ou ansiosas. Pode, também, podem afetar o trabalho, as amizades, a família e os relacionamentos. A autoestima e o autoconceito ficam maculados tendo como consequência a elevação dos níveis de estresse e depressão. Para muitos casais, a simples ideia de iniciar o tratamento de fertilização já causa tensão mental, emocional e física.

No entanto, os casais envolvidos com a reprodução assistida podem vivenciar o tratamento com melhor qualidade de vida: para criar mudanças positivas na saúde, os pensamentos e as respostas emocionais também precisam de ser saudáveis, o que vale também para a fertilidade. Assim sendo, ao lado do tratamento médico, o apoio psicológico e emocional acrescenta qualidade ao processo, aumentando a probabilidade de produzir resultados positivos.

Como está seu preparo emocional e psicológico para submeter-se a um tratamento de reprodução assistida?


Paulo Cesar Teixeira Ribeiro
 - é psicólogo, voluntário do Setor Integrado de Reprodução Humana da UNIFESP e colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva 

https://www.blogdopsicologo.com.br/2024/02/como-preparar-se-psicologicamente-para.html



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