Congelar ou não congelar?
Qual a maior chance de gravidez: quando transferimos embriões a fresco ou criopreservados?
As primeiras evidências mostravam superioridade dos embriões criopreservados, argumentando-se que tanto os remédios para a estimulação ovariana, quanto a elevação dos hormônios femininos que ocorre, poderiam ter efeito prejudicial para o endométrio.
Por isso, um preparo específico do endométro (que é o que se faz para transferir embriões criopreservados), permitiria uma maior sincronia para implantação do embrião.
No entanto, com o passar dos anos, as técnicas e criopreservação foram sendo aperfeiçoadas e, nos dias de hoje, as taxas de gravidez, com embriões tanto criopreservados quanto a fresco, são comparáveis.
Além do congelamento obrigatório de embriões excedentes, há situações em que é necessário o congelamento de embriões, por impossibilidade de realizar a transferência a fresco (quando ocorrem, por exemplo, certos efeitos colaterais da estimulação ovariana).
Cada casal apresenta suas singularidades, e regras gerais nem sempre se aplicam diretamente a todos os casais. Por exemplo:
- pacientes com ovários policísticos parecem se dar melhor com embriões criopreservados, o mesmo acontecendo com mulheres com 37 anos e mais.
- já para pacientes não portadoras de ovários policísticos, e com idade menor que 37 anos, não há diferença na chance de engravidar com embriões a fresco ou criopreservados.
Assim sendo, cabe ao médico, após investigação adequada de cada casal, indicar o procedimento capaz de produzir a maior chance de gravidez.
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